segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Esteatose Hepática

  O fígado é um grande órgão localizado à direita na cavidade abdominal e responsável por várias funções que são vitais à manutenção do corpo humano. Considerado uma grande usina de processamento, por ele passa tudo aquilo que é absorvido no trato gastrointestinal. Sendo assim, é possível perceber que saúde e qualidade de vida não combinam de forma alguma com doenças hepáticas.
    Por isso, o advento da má alimentação rica em açúcares e gorduras vêm causando cada vez mais doenças como as esteatoses hepáticas, hepatites, cirrose e câncer.
  Nesse post vamos falar especialmente da esteatose hepática, uma doença que vem aumentando sua ocorrência cada vez mais, sendo consideradas uma das principais causas de cirrose hepática futuramente.
   A esteatose hepática ou síndrome do fígado gorduroso é caracterizada pelo o acúmulo de gordura nesse órgão, mais especificamente entre as células do fígado, os hepatócitos.
  O fígado humano naturalmente apresenta uma pequena quantidade de gordura, o que representa cerca de 10% do seu peso. Entretanto, quando há um excesso no acúmulo de gordura além desses habituais 10%, está havendo um acúmulo danoso dentro do tecido hepático.
diferença entre figado normal e com esteatose, que se encontra maior e amarelado como consequência do acúmulo de gordura e bilirrubina

   Antigamente, acreditava-se que esse acúmulo de gordura era consequência somente do excesso de bebidas alcoólicas. Porém, hoje sabe-se que a esteatose está se tornando muito frequente porque pode ser causada por outros fatores que hoje em dia se encontram muito comuns no estilo de vida da população. Doenças como a obesidade (cerca de 70% das pessoas com esteatose são obesas), diabetes mellitus tipo 2, colesterol alto e a hipertensão arterial, ou seja, a síndrome metabólica, são diretamente relacionadas com o acúmulo de gordura.
   A esteatose é uma doença silenciosa, que não costuma apresentar sintomas. Também não possui um tratamento específico, sendo o melhor tratamento a prevenção dos fatores de risco acima citados. A perda de peso ainda é a mais importante medida.

Você sabia que complicações geradas pela esteatose podem elevar a pressão arterial?
  Antes de seguir o seu trajeto rumo ao coração, o sangue vindo do estômago, baço, pâncreas e intestinos passa pela veia porta (grande veia responsável pela drenagem do sistema digestório) e pelo fígado.
 Quando o processo de esteatose se encontra muito evoluído, um processo de fibrose (substituição do parênquima hepático por tecido conjuntivo) começa a ocorrer, podendo gerar obstrução dessa veia porta, atrapalhando o trajeto sanguíneo. Essa obstrução causa "congestionamento sanguíneo" e, consequentemente, um aumento da pressão arterial, tanto na veia porta quanto nas outras veias gastrointestinais. Esse quadro é conhecido como hipertensão portal e podem causar cansaço, ascite (barriga d'água), circulação colateral e sangramento digestivo.

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