O aumento da pressão arterial como consequência do consumo excessivo de
bebidas alcoólicas serve de base para diversas pesquisas. Mas é bem verdade que
alguns autores divergem entre si.
Resultados de estudos experimentais mostram que a ingestão de uma única
dose de álcool pode causar inicialmente a queda de pressão - efeito hipotensor
imediato - depois a eleva gradualmente - efeito pressor tardio - que é o
período de depuração do etanol consumido.
Para alguns pesquisadores esse efeito pressor decorrente da ativação
simpática é uma manifestação de abstinência. Mas para outros a hipertensão é
consequência da modificação dos vasos sanguíneos que ficam sobrecarregados.
A relação entre álcool e a hipertensão ainda não é totalmente compreendida.
Existem algumas hipóteses que poderiam explicar o motivo pelo qual se eleva a
pressão arterial ao se ingerir bebida alcoólica, tais como:
- Ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, um dos responsáveis pela ação direta sobre as vias inibitórias que controlam o centro vasomotor;
- Descarga adrenérgica central;
- Aumento da secreção de cortisol;
- Redução da sensibilidade à insulina;
- Variabilidade da frequência cardíaca;
- Efeitos diretos do etanol sobre a musculatura periférica;
- Aumento nos níveis de hormônio antidiurético;
- Desbalanço eletrolítico.
Estudos realizados revelam que existe a relação dose / resposta linear.
Então, a partir de 3 doses de álcool por
dia há um aumento da pressão arterial. Porém, a redução do consumo diminui a
pressão, minimizando desse modo o risco de doença coronariana, acidente
vascular cerebral (AVC) e acidente isquêmico transitório ( AIT, mini - AVC).
Observou-se
também um fato curioso, o risco de hipertensão não depende do tipo de bebida
ingerida, e sim beber fora dos horários das refeições, independente da
quantidade.
Referências Bibliográficas:
http://www.sbh.org.br/geral/revistas-2005.asp ( Volume: 8; Número: 01)
ajudou muito no meu trabalho, obrigada
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