sábado, 26 de janeiro de 2013

Hipertensão e gravidez


    A gestação é um período delicado na saúde da mulher. Grandes mudanças ocorrem no metabolismo feminino, podendo desencadear doenças que afetam tanto a mãe como o bebê, tornando, às vezes, a continuidade da gestação incompatível com a sobrevivência dos dois.
     Uma dessas possíveis doenças é a hipertensão arterial, a primeira causa de morte durante a gestação. Cerca de 37% das mortes tanto maternas como fetais acontecem por complicações durante a gravidez, causadas pela elevação da pressão arterial. Crescimento fetal restrito e prematuridade fetal também são consequências da hipertensão.
   A hipertensão é diagnosticada na gestante quando os níveis pressóricos são iguais ou maiores que 140/90mmHg e podem se apresentar de quatro formas distintas:
  • pré-êclampsia/eclampsia (doença específica da gravidez);
  • hipertensão crônica;
  • pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica;
  • hipertensão gestacional.
Pré-eclâmpsia/eclâmpsia 
   Os casos que apresentam pré-eclâmpsia caracterizam-se pela mulher que tinha a pressão arterial normal mas que, ao engravidar, tiveram uma elevação dos níveis pressóricos. Surge a partir da 20º semana e, principalmente, no 3º trimestre. Pode ser acompanhada de outros sintomas como proteinúria (aumento da perda de proteínas na urina), edema generalizado e, às vezes, alterações de coagulação e das funções hepáticas.
   Entretanto, esse quadro pode evoluir para eclampsia, quando a pressão aumenta muito, diminuindo o fluxo sanguíneo para o cérebro (podendo gerar convulsões, sangramento vaginal ou até mesmo levar ao coma). A ocorrência da forma mais grave pode ser evitada pela antecipação do parto. Após o parto, os níveis pressóricos retornam aos valores normais.
Hipertensão crônica
   São os casos em que as mulheres apresentam níveis pressóricos elevados antes da gravidez, do quarto mês de gestação ou também seis semanas após o parto. Os riscos de complicação são pequenos, a não ser que o tipo que será descrito a seguir aconteça.
Pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica
   Acontece quando a mulher já é hipertensa antes e desenvolve pré-eclâmpsia durante gravidez. É a forma mais grave e perigosa para ambos.

Hipertensão gestacional
   Ocorre aumento da pressão arterial durante a gravidez ou nas primeiras 24hrs após o parto. Pode gerar a doença (a mãe se torna hipertensa após a gravidez) ou retornar em gestações posteriores.

  Portanto, a consulta antes da concepção, sempre que possível, pode ser muito benéfica para o controle não só da hipertensão, mas de outros fatores que podem gerá-la durante a gravidez, além de outras enfermidades. O acompanhamento médico a partir do pré-natal pode prevenir a mãe e o bebê de muitas complicações e garantem saúde e tranquilidade durante e após a gravidez.

Referências






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