domingo, 3 de fevereiro de 2013

Anti-hipertensivos






    O uso de medicamentos na hipertensão arterial é prescrito para hipertensos ou para pacientes que apresentam evidências de lesões em órgãos-alvo da hipertensão, como hipertrofia ventricular esquerda ou infarto do miocárdio prévio.
     Atualmente, temos uma infinidade de medicamentos para o controle da pressão arterial. A escolha por qual tipo de medicamento deve levar em conta questões individuais de cada paciente, mas sabe-se que cerca de 70% ou mais dos hipertensos vão precisar de duas ou mais categorias de anti-hipertensivos  para o controle adequado da pressão arterial.
     Infelizmente, por ser crônica, assintomática e incurável, a maioria dos hipertensos desistem do tratamento. Em estudos recentes, foi encontrado que menos de 10% dos hipertensos têm um controle satisfatório da pressão arterial.
     Categorias de anti-hipertensivos:

- Diuréticos: exemplo: indapamida.
   A ação anti-hipertensiva dos diuréticos tem relação com os efeitos diurético e natriurético (eliminação de líquidos e sódio pela urina). Como anti-hipertensivos, são mais prescritos os diuréticos tiazídicos (que atuam no túbulo distal, aumentando a secreção de urina e também agem na vasodilatação). Existem também os diuréticos de alça (ex: furosemida), usados em casos de hipertensão arterial associada insuficiência renal ou cardíaca com retenção de líquidos.
Atenção: o uso pode causar aumento dos níveis de glicose e de triglicerídeos, dependendo da dose e da duração do tratamento.

- Vasodilatadores:
    Provocam o relaxamento da musculatura lisa dos vasos sanguíneos pela ativação dos canais de potássio nas células, permitindo o efluxo celular.

- Bloqueadores dos canais de cálcio: exemplo: besilato de anlodipino (Amlovasc)
   É um dos mais escolhidos no combate à hipertensão. Inibe a entrada de cálcio na célula muscular lisa, em consequência de uma competição entre eles promovendo uma diminuição da resistência periférica. E, vale lembrar que eles não causam retenção de sódio.

- Inibidores da enzima de conversão da angiotensina ( inibidores da ECA ): exemplo: captopril, enalapril

    Agem inibindo a enzima de conversão da angiotensina, bloqueando a transformação da angiotensina I em II no sangue e nos tecidos. A angiotensina II promove a vasoconstrição e aumenta a pressão arterial .
- Em associação a um diurético,a ação anti-hipertensiva dos inibidores da ECA é mais potente.
- Entretanto, esse tipo de remédio apresenta um problema. A angiotensina II também é produzida por outras vias que não a do sistema renina, podendo aumentar a pressão arterial por meio de angiotensina II vinda dessas outras vias, as quais estão fora dos inibidores da ECA.
- Bloqueadores do receptor de angiotensina II: exemplo: valsartana, losartana
  Esse remédio bloqueia o ponto final para a vasoconstrição, que é o receptor de angiotensina II, o AT1. É vantajoso em relação ao medicamento anterior por bloquear qualquer ligação da angiotensina II, seja ela vinda de qualquer via. 


Referências:
(acessado em 26/01/2013)

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