domingo, 3 de fevereiro de 2013

Hipertensão Arterial Refratária


Também chamada de Hipertensão Resistente é  um quadro clínico em que o paciente mesmo utilizando três ou mais anti-hipertensivos (sendo um diurético), a sua pressão arterial se mantém sempre elevada, acima de 14 por 9.
Os principais fatores que podem causar a hipertensão arterial refratária são: alta atividade do sistema simpático, tono do músculo liso vascular e volemia aumentados e hiperatividade do sistema renina- angiotensina- aldosterona. Essa última causa além dos fatores peptídeos atriais natriuréticos, receptores atriais e renais da pressão que controlam a quantidade corporal do sódio, quando efetuam uma maior retenção de Na+ e água pode acarretar a refratariedade aos anti-hipertensivos.
Hipertensos de difícil controle também possuem disfunção endotelial e menor biodisponibilidade vascular de óxido nítrico (NO). O primeiro caso induz hipertrofia e hiperplasia da musculatura lisa vascular e muita matriz extracelular, que agrava o quadro hipertensivo. O segundo causa remodelamento vascular por aumentar o volume dos cardiomiócitos.
Estudos feitos dizem que variações genéticas (polimorfismos) podem afetar o desempenho de medicamentos. Assim alterações nas enzimas do citocromo P450 modificam a cinética de anti-hipertensivos. Variações em CYP2C9 afetam a resposta aos antagonistas de receptores do tipo I da angiotensina II. Polimorfismos da CYP2D6 e da CYP3A4 modificam a atividade de betabloqueadores e bloqueadores de canal de cálcio, respectivamente.
A apneia obstrutiva do sono também possui influencia na hipertensão refratária. Ela aumenta o tono simpático com elevação das catecolaminas séricas, maior concentração de angiotensina II e aldosterona no plasma devido a hipoxia (queda de oxigenação) e hipercapnia (aumento do CO2 no sangue arterial), elevação da pressão negativa intratorácica, diminuição reversível da responsividade vascular à bradicinina e menor sensibilidade barorreceptora.

ð Diagnóstico:
  •  Ao realizar a monitoração da pressão arterial deve-se:
  • Descartar a hipertensão do avental branco;
  • Avaliar a eficácia da terapia;
  • Identificar apneia do sono;
  • Identificar risco cardiovascular. Este é causado por altos níveis da pressão arterial diastólica;
  • Descartar a pseudo-hipertensão.

Essa avaliação também é útil para detectar queda de pressão arterial noturna em hipertensos refratários, que aumenta o risco cardiovascular, sendo necessária a reavaliação posológica dos anti-hipertensivos utilizados.
Depois dessa fase, para confirmar o quadro clínico de hipertensão refratária é importante realizar exames específicos, como por exemplo, a dosagem de renina e aldosterona para hiperaldosteronismo primário.
Com isso o tratamento farmacológico se baseia nas características fisiopatológicas da hipertensão refratária e na cinética/dinâmica dos anti-hipertensivos.

NOTA: Hipertensão do avental branco: é quando a pressão arterial medida no ambiente hospitalar é maior do que a obtida fora dele.
Pseudo-hipertensão: ocorrem variações nos valores pressóricos obtidos com manguito braquial (elevado) e com cateterismo intraarterial (menor).

Referência Bibliográfica:






2 comentários:

  1. Artigo excelente, sobre o tratamento da hipertensão vejam no meu blog uma maneira totalmente eficiente de controlar a pressão arterial sem o uso de medicamentos que mais fazem mal do que de fato trazem benefícios. é o controle da pressão arterial atraves dos alimentos. metodo criado pela Dr Wanicleide. http://lapaivastore.com.br/programa-hipertensao-controlada/

    ResponderExcluir
  2. Excelente matéria, aproveitem para visitar meu blog e ver o https://www.saudedoshomens.net/max-amora/ que ajuda aliviar os sintomas da menopausa

    ResponderExcluir