Também
chamada de Hipertensão Resistente é um
quadro clínico em que o paciente mesmo utilizando três ou mais
anti-hipertensivos (sendo um diurético), a sua pressão arterial se mantém
sempre elevada, acima de 14 por 9.
Os
principais fatores que podem causar a hipertensão arterial refratária são: alta
atividade do sistema simpático, tono do músculo liso vascular e volemia aumentados
e hiperatividade do sistema renina- angiotensina- aldosterona. Essa última
causa além dos fatores peptídeos atriais natriuréticos, receptores atriais e
renais da pressão que controlam a quantidade corporal do sódio, quando efetuam
uma maior retenção de Na+ e água pode acarretar a refratariedade aos
anti-hipertensivos.
Hipertensos
de difícil controle também possuem disfunção endotelial e menor
biodisponibilidade vascular de óxido nítrico (NO). O primeiro caso induz
hipertrofia e hiperplasia da musculatura lisa vascular e muita matriz
extracelular, que agrava o quadro hipertensivo. O segundo causa remodelamento
vascular por aumentar o volume dos cardiomiócitos.
Estudos
feitos dizem que variações genéticas (polimorfismos) podem afetar o desempenho
de medicamentos. Assim alterações nas enzimas do citocromo P450
modificam a cinética de anti-hipertensivos. Variações em CYP2C9 afetam a resposta aos antagonistas de
receptores do tipo I da angiotensina II. Polimorfismos da CYP2D6 e da CYP3A4 modificam a atividade de betabloqueadores e bloqueadores de
canal de cálcio, respectivamente.
A
apneia obstrutiva do sono também possui influencia na hipertensão refratária.
Ela aumenta o tono simpático com elevação das catecolaminas séricas, maior
concentração de angiotensina II e aldosterona no plasma devido a hipoxia (queda
de oxigenação) e hipercapnia (aumento do CO2 no sangue arterial),
elevação da pressão negativa intratorácica, diminuição reversível da
responsividade vascular à bradicinina e menor sensibilidade barorreceptora.
ð Diagnóstico:
- Ao realizar a monitoração da pressão arterial deve-se:
- Descartar a hipertensão do avental branco;
- Avaliar a eficácia da terapia;
- Identificar apneia do sono;
- Identificar risco cardiovascular. Este é causado por altos níveis da pressão arterial diastólica;
- Descartar a pseudo-hipertensão.
Essa
avaliação também é útil para detectar queda de pressão arterial noturna em
hipertensos refratários, que aumenta o risco cardiovascular, sendo necessária a
reavaliação posológica dos anti-hipertensivos utilizados.
Depois
dessa fase, para confirmar o quadro clínico de hipertensão refratária é
importante realizar exames específicos, como por exemplo, a dosagem de renina e
aldosterona para hiperaldosteronismo primário.
Com
isso o tratamento farmacológico se baseia nas características fisiopatológicas
da hipertensão refratária e na cinética/dinâmica dos anti-hipertensivos.
NOTA: Hipertensão do avental
branco: é quando a pressão arterial medida no ambiente hospitalar é maior do
que a obtida fora dele.
Pseudo-hipertensão: ocorrem
variações nos valores pressóricos obtidos com manguito braquial (elevado) e com
cateterismo intraarterial (menor).
Referência Bibliográfica:
http://www.sbh.org.br/geral/revistas-2005.asp (Volume: 8; Número:2)
Artigo excelente, sobre o tratamento da hipertensão vejam no meu blog uma maneira totalmente eficiente de controlar a pressão arterial sem o uso de medicamentos que mais fazem mal do que de fato trazem benefícios. é o controle da pressão arterial atraves dos alimentos. metodo criado pela Dr Wanicleide. http://lapaivastore.com.br/programa-hipertensao-controlada/
ResponderExcluirExcelente matéria, aproveitem para visitar meu blog e ver o https://www.saudedoshomens.net/max-amora/ que ajuda aliviar os sintomas da menopausa
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