Existem evidências de que o fumo
induz o aumento na pressão arterial, homens que fumam 20 cigarros por dia
apresentam pouco mais que o dobro de probabilidade de
desenvolver hipertensão arterial ao longo de 11 anos. Em um estudo realizado com dez
fumantes, os participantes fumaram um cigarro a cada 15 minutos durante sessenta
minutos (1 hora), e foi feito acompanhamento da medida da pressão
arterial e da frequência
cardíaca, desta maneira, foi observado que:
- Após o fumo do primeiro cigarro, houve elevação aguda da pressão arterial sistólica, com pico entre 2 e 4 minutos após o ato de fumar, e permaneceu elevada pelos 15 minutos subsequentes;
- A pressão diastólica também se elevou de forma significante, e associadamente, houve taquicardia mantida ao longo do tempo de estudo.
A resposta da pressão arterial ao
fumo é tão intensa que leva ao aumento da pressão arterial ambulatorial dos indivíduos
fumantes. O aumento ocorre nos valores absolutos da pressão arterial, mas há também
variação de 30% aproximadamente nos
desvios padrões da pressão arterial diastólica e da pressão arterial média.
Tal variação da
pressão arterial está implicada no desenvolvimento de lesões
de
órgãos-alvo da hipertensão arterial (hipertrofia de ventrículo esquerdo, doença
renal, infartos lacunares etc.).
Portanto, o fumo exerce um importante efeito hipertensivo, que associado a alterações
hemodinâmicas, pode ser responsável pelo aumento de risco
cardiovascular associado ao tabagismo.
Referencial
GIORGI,
Dantas Marcelo Artigas. Revista Hipertensão. Sociedade Brasileira de
hipertensão. 2010. Ano 13, Volume 13, Número 4.
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