sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Hipertensão e Tabagismo



Existem evidências de que o fumo induz o aumento na pressão arterial, homens que fumam 20 cigarros por dia apresentam pouco mais que o dobro de probabilidade de desenvolver hipertensão arterial ao longo de 11 anos. Em um estudo realizado com dez fumantes, os participantes fumaram um cigarro a cada 15 minutos durante sessenta minutos (1 hora), e foi feito acompanhamento da medida da pressão arterial e da frequência cardíaca, desta maneira, foi observado que:
  • Após o fumo do primeiro cigarro, houve elevação aguda da pressão arterial  sistólica, com pico entre 2 e 4 minutos após o ato de fumar,  e permaneceu elevada pelos 15 minutos subsequentes;
  • A pressão diastólica também se elevou  de forma significante, e associadamente, houve taquicardia mantida ao longo do tempo de estudo.
A resposta da pressão arterial ao fumo é tão intensa que leva ao aumento da pressão arterial ambulatorial dos indivíduos fumantes. O aumento ocorre nos valores absolutos da pressão arterial, mas há também variação de 30%  aproximadamente nos desvios padrões da pressão arterial diastólica  e da pressão arterial média.
Tal variação da  pressão arterial está implicada no desenvolvimento de lesões de órgãos-alvo da hipertensão arterial (hipertrofia de ventrículo esquerdo, doença renal, infartos lacunares etc.). Portanto, o fumo exerce um importante efeito hipertensivo, que associado a alterações hemodinâmicas, pode ser responsável pelo aumento de risco cardiovascular associado  ao tabagismo.

Referencial

GIORGI, Dantas Marcelo Artigas. Revista Hipertensão. Sociedade Brasileira de hipertensão. 2010. Ano 13, Volume 13, Número 4.

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