Primeiramente
é necessário entender em que consiste a apneia do sono. Esta é uma doença que
afeta a qualidade do sono por acarretar várias paradas respiratórias em decorrência
da obstrução das vias aéreas superiores. Estudos detectaram uma maior
incidência dos casos de apneia em indivíduos hipertensos com fatores de risco
como obesidade, sexo masculino e presença de ronco.
A
apneia pode causar hipertensão arterial devido à hipoxemia (queda de O2),
hipercarbia (aumento de CO2), aumento da pressão intratorácica
afetando a regulação dos mecanismos da pressão arterial, como hormônios e
neurotransmissores.
Além
disso, pessoas com síndrome de apneia do sono podem ter atividade simpática
elevada, os barorreceptores ficam com menos sensibilidade, o metabolismo de sal
e água é alterado e a resposta vascular aumenta, contribuindo para a elevação
da PA.
Por
causa da hipoxemia e acidose que ocorrem durante a crise de apneia há um estímulo
dos quimiorreceptores carotídeos. Estes aumentam a resistência vascular
periférica por elevar a vasoconstrição.
Alguns
estudos revelam que o organismo ao tentar se adaptar a hipoxemia podem ocorrer
alterações nos quimiorreceptores carotídeos, na sensibilidade central a
queda de oxigênio e maior quimiossensibilidade periférica. O que explica a
elevação da pressão arterial durante o dia em pessoas com apneia do sono.
Medidas
preventivas podem amenizar os riscos de apneia do sono, como por exemplo:
diminuição do peso nos adultos obesos, evitar o consumo de álcool, de tabaco e
tranquilizante um pouco antes de dormir.
Em
50% dos casos, o tratamento cirúrgico mostrou-se eficaz, no qual é removido o
excesso de tecido mole da parte posterior da orofaringe (amídalas, úvula e
parte do palato). Contudo o meio de tratamento mais eficiente é o CPAP (pressão
positiva contínua nas vias aéreas). Este é de natureza mecânica em que o
indivíduo dorme com uma máscara nasal conectada a um gerador de fluxo de ar. A
pressão do ar gerada evita o colapso das vias aéreas e abole completamente os
distúrbios respiratórios noturnos.
A
apneia do sono pode ser um fator de risco para a hipertensão, mas também pode
afetar pessoas já hipertensas prejudicando a qualidade de vida. Então, é
importantíssimo o seu tratamento melhorando assim a função cardíaca e
diminuindo os seus efeitos nos níveis da pressão arterial.
Referências Bibliográficas:
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