sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

                     Exercícios Físicos 



                                



     Através do treinamento físico moderado e regular, a promoção da queda da pressão arterial é realizada pela redução da atividade simpática periférica e do tônus simpático cardíaco. Como consequência, ocorre a diminuição da frequência cardíaca de repouso e a queda do débito cardíaco. Quando o relaxamento é associado ao exercício aeróbico, a queda pressórica é ainda mais duradoura, sendo indicado a ação conjunta de ambos. Para melhor compreender os mecanismos envolvidos na redução pressórica, é importante definir alguns conceitos envolvidos nesse processo.



O que seria o débito cardíaco (DC)?

   O débito cardíaco é expresso em litros por segundo e pode ser definido pelo volume de sangue ejetado na principal artéria por cada ventrículo na circulação pulmonar ou sistêmica. Em outras palavras, o DC seria o volume de sangue bombeado em um minuto durante as sístoles cardíacas para que as necessidades dos tecidos celulares sejam atendidas. O produto da frequência cardíaca e o volume de ejeção (o quanto de sangue é bombeado por batimento cardíaco) também define o conceito de DC.
  O débito cardíaco é diretamente dependente da diminuição da resistência vascular periférica que ocorre nos músculos durante a realização de exercícios, que proporcionam movimentos corporais, devido á vasodilatação das artérias que suprem o sistema muscular em atividade. A ação do coração como bomba é efetivada pelo estímulo simpático durante o exercício por meio da elevação da frequência cardíaca e da contratilidade miocárdica. É através da estimulação simpática adquirida através de exercícios físicos que causa um aumento do DC.  Esse aumento pode ser causado tanto pelo aumento do volume de ejeção quanto da frequência cardíaca na execução de exercícios. Outro fator que contribui para a elevação do débito cardíaco é o aumento no retorno venoso.


O que seria o volume de ejeção?

   O volume de ejeção pode ser definido pela quantidade de sangue ejetado no interior de vasos sanguíneos no momento da sístole ventricular. No momento do exercício físico ou em período de repouso, o volume de ejeção será regulado pelo volume diastólico final (quantidade de sangue contido nos ventrículos no final da diástole), pela pressão aórtica média e pela força da contração ventricular. O aumento da força de contração é acarretado pelo aumento do volume diastólico final devido ao alongamento das fibras cardíacas.  A taxa de retorno venoso ao coração também interfere na quantidade de sangue ejetado, causando seu aumento. A bomba muscular e a bomba respiratória são responsáveis pelo aumento do retorno venoso durante o exercício. Contudo, a pressão aórtica age como uma barreira de ejeção do sangue pelos ventrículos. Dessa forma, para que o sangue seja efetivamente ejetado, a pressão ventricular deve ser superior à pressão exercida pela aorta, já que com o aumento desta, o volume de ejeção é diminuído. Esses quatro fatores que determinam o volume de ejeção proporcionam a força com a qual o sangue é ejetado e a pressão contra a qual este deve fluir nas artérias, de modo a permitir um trabalho mais eficiente do coração durante o exercício. A adrenalina e noradrenalina circulante afetam o volume ejetado, assim como a estimulação simpática do coração pelos nervos aceleradores cardíacos, causando um aumento da contratilidade cardíaca.

Resistência periférica cardíaca

  A passagem de sangue pelos vasos determina uma maior ou menor dilatação no local. Quanto maior for o comprimento do vaso, maior será a superfície da parede vascular e maior será o atrito entre ela e o fluxo sanguíneo. Ou seja, quanto maior for o comprimento do vaso, maior será a resistência do fluxo sanguíneo. A resistência periférica cardíaca é determinada pelo tônus vasomotor relativo (soma da vasodilatação e vasoconstrição do sistema vascular). Uma relação inversamente proporcional entre o débito cardíaco e o tônus vasomotor relativo caracteriza a distribuição do fluxo sanguíneo que atua sobre o retorno venoso e sobre o débito cardíaco. A resistência envolve tanto o comprimento e o raio do vaso,  quanto a viscosidade sanguínea. O fluxo sanguíneo é diretamente proporcional à pressão do sistema e inversamente proporcional à resistência.

  Dessa forma, algumas modificações fisiológicas são adquiridas por meio do exercício físico moderado. A espessura do miocárdio é aumentada assim como a força de contração, as câmaras cardíacas, a vascularização do coração e o peso cardíaco. 

                                      http://sis.posugf.com.br/AreaProfessor/Materiais/Arquivos/824.pdf

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